quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Erosão Hídrica dos Solos

A degradação ambiental, a erosão e assoreamento e a desertificação, problemas relacionados com o planeamento numa perspectiva de gestão integradora do espaço, têm sido alvo de preocupação crescente. No âmbito da gestão ambiental, a erosão hídrica do solo, é, sem dúvida, uma questão relevante uma vez que provoca a degradação e perda de um recurso natural fundamental para o suporte de vida.

O que é?

A erosão hídrica dos solos, conjunto de mecanismos interligados e bastante complexos, inclui os processos de destacamento das partículas do corpo solo e subsequente transporte (transporte sólido) e deposição (assoreamento) dos sedimentos, constitui assim um dos mais importantes factores de degradação ambiental.


A erosão não é a causa, mas sim o efeito de uma série de agressões e de erros nas actividades agrícolas. É uma das muitas consequências de degradação do solo.

Principais implicações

Por um lado resulta na destruição e perda de um recurso fundamental, de suporte e produção de biomassa; por outro lado os sedimentos resultantes da erosão irão depositar-se a jusante, tornando estéreis terrenos agrícolas ou assoreando e colmatando cursos de água e zonas inundadas.

A diminuição da capacidade de armazenamento dos terrenos, devido à perda dos solos, conduz a desequilíbrios hidrológicos que tornam as secas e as cheias mais frequentes e com a persistência conduzem à degradação ambiental que, em ambientes mais susceptíveis, pode levar à desertificação.


As perdas de solo por erosão hídrica dependem de vários factores, sendo os principais a chuva, o escoamento superficial, o declive do terreno, o tipo de solo, a cobertura do solo (tipo de sistema cultural e a tecnologia de rega).

Zonas de maior potencial erosivo

As zonas sujeitas a riscos mais elevados situam-se, de forma geral, em zonas de vales encaixados e em sistemas geológicos de relevo mais acentuado, correspondente a fortes enrugamentos orogénicos.